segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quem sabe?

Eu achava que nada nunca ia mudar, que as coisas iam continuar daquele jeito. E eu odiava isso. E as coisas acabaram mudando, e eu nem percebi. De repente a gente já não faz as mesmas coisas, a gente já não se sente do mesmo jeito. E amanhã pode estar tudo renovado. Acho isso o maior barato, você dormir sem saber se vai ter mudado de ideia amanhã. Se vai acordar querendo outras coisas, ouvindo outras músicas, vestindo outras roupas. E quem sabe, daqui a três anos, você não olhe pra trás e sinta falta das músicas que ouve hoje, das roupas que veste hoje, de querer o que quer hoje.
                Mas não é pra você ficar chateado não. Imagina se você quisesse as mesmas coisas, fizesse as mesmas coisas, e tudo fosse do mesmo jeito, pra sempre. Eu prefiro ficar mudando assim, sem perceber, e ter coisas das quais eu possa me lembrar feliz daqui há três anos. E dizer: “Como era bom naquela época! What’s next?”

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