terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Todas as noites

Tem vezes que o mundo parece não ter mais ninguém. Vazio, por total. Quantas não foram as vezes que botei a cabeça para fora da janela e vi a lua à me espiar, a rua deserta, e o vento à soprar! Nem ouso pertubar, nem cantarolar, nem andar, para que os pés não façam barulhos que atrapalhem essa paz. É tão difícil ver o mundo assim, quietinho, que faço questão de prestar atenção. Todos num sono profundo, como se compartilhassem da mesma calma.
                Passou a ser assim todas as noites. Roubar um pouquinho de paz, deitar, acordar procurando por mais. Só à noite se encontra esse tipo de coisa. O dia em que o mundo for a mesma coisa durante o dia do que é à noite, me considero feliz.

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