domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ele existe?

Um dia, numa aula de matemática tudo caminhava tranquilamente bem quando o professor resolveu perguntar, do nada:

- Galera, quem aqui não acredita em Deus? Quem aqui é ateu? – Mais ou menos umas 5 pessoas levantaram a mão. O professor olhou e disse – Eu também, não acredito. Graças a Deus, eu não acredito – ironizando no ‘’Graças a Deus’’

Passado alguns minutos, o diretor aparece na sala, rotineiramente, para ver o desenvolvimento da turma. E papo vai papo vem com o professor e os alunos, eis que ele pergunta:

- Quem aqui não acredita em Deus? – de novo, as mesmas pessoas levantaram a mão, só que um pouco mais devagar. Foi então que ele começou a nos contar sobre um homem (cujo nome me foge) disse que por trás de tudo, tudo nesse mundo há uma inteligência por trás.

Ora, como assim? E ele pegou um relógio, ergueu-o na altura dos olhos e mostrando para todos disse – Estão vendo este relógio? – todos fizeram que sim com a cabeça – Alguém criou certo? – todos concordaram. Depois que todos concordaram, ele apontou para a lâmpada acesa e disse – Estão vendo essa lâmpada? Alguém criou.

Todos concordavam com que ele ia dizendo, todos com medo de questionar, até porque ninguém tinha a sabedoria daquele velho homem. Com paciência, todos escutaram prestando a atenção – Agora, pensem – continuou o diretor – pensem em toda a complexidade do corpo humano, pensem em como é extraordinária e perfeita que é a natureza. Existe alguém por trás disso, existe uma inteligência por trás disso, NADA brotou do NADA. Agora pensem, só isso - eu estava ali olhando para ele e com os ouvidos bem abertos não deixei escapar nada. Sabias palavras.

- E então, quantos de vocês são ateus mesmo? – disse o diretor. Todos ficaram quietos e timidamente foram levantando as mãos, lentos. E então o diretor prosseguiu – O problema é que todos vocês estão acostumados com um Deus que é severo demais. Um velho barbudo que fica te olhando com cara de desaprovação, como se você estivesse fazendo tudo errado. Aí sim, nesse Deus eu também prefiro não acreditar. Mas mesmo assim, pensem naquilo que eu falei.

Todos ficaram quietos, nenhuma palavra. O professor assentiu e disse – É, é bem legal o que disse, é interessante – com a expressão meio dura, meio desconfortável. Aquilo tudo fazia muito sentido. O diretor saiu da sala, e o professor retomou a aula e todos pareciam que tinham saído de um transe.

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